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Fim de ano com gosto de nostalgia pode ser mais leve, diz psicóloga
Publicado em 10/12/2025 15:48
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Que tal ter um fim de ano com gosto de nostalgia, sem aquela necessidade de se desdobrar para traçar metas para o novo período que virá? A provocação é da psicóloga e socióloga Lua Helena Moon Martins Cardoso, que aponta como uma das alternativas para esse período de Natal e Ano Novo a lembrança dos momentos da memória emocional das pessoas.

"Quando os panetones começam a aparecer nas prateleiras do mercado, a gente sente que o fim do ano está chegando, mesmo que ainda faltem algumas semanas. Parece um gatilho automático. De repente, voltam lembranças, cheiros, músicas, sensações que a gente nem lembrava que estavam guardadas", afirma a psicóloga.

Segundo ela, dezembro tem esse poder. "É um mês que nos leva de volta para um lugar mais simples, onde a gente se sentia cuidado, 'em casa', onde o mundo parece familiar e aconchegante. Nem tudo está igual, claro, mas a memória emocional continua lá", avalia.

Ainda há outra característica nessa época, segundo Lua: "Também é um período em que a gente começa a pensar no que viveu". Nesse cenário, vale uma reflexão, que ajuda nas novas etapas da vida.

"Nem tudo precisa ser sobre metas cumpridas ou grandes feitos. Às vezes, o mais importante foi ter respirado melhor, ter conseguido dizer 'não', ter encontrado um pouco mais de paz. Coisas pequenas, mas que mostram crescimento. E isso conta, pois transforma a forma como seguimos em frente", diz a psicóloga.

Quando o que se repete faz bem

Lua apresenta os benefícios da identificação do que já foi vivido. "O fim de ano não precisa trazer nada de novo pra ser especial. Às vezes, é justamente o que se repete que faz bem: a comida de sempre, as mesmas conversas de anos atrás, a sensação de estar num lugar conhecido”.

Não ter que inventar nada traz um alívio, diz a psicóloga. "Só viver o momento com quem importa e se permitir sentir o que vier. Nem todo encerramento precisa de fogos. Tem hora em que só estar ali, inteiro, já é o bastante”.

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